DO AMOR PRÓPRIO
“Amor próprio” é uma contradição dos Termos. O amor nunca é próprio é sempre para o outro. Fale de auto-estima, valorização pessoal… nunca de amor próprio. É impróprio falar do amor próprio.
O amor é da categoria do “Outro”, nunca do “Eu”.
O maior inimigo do amor é o amor próprio. É exatamente este pseudo amor que nos cegou e nos impossibilitou viver o milagre do verdadeiro amor.
Mas, a lei de Deus disse: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”.
Como?
Que contradição!!!
Visto que, é o “a ti mesmo” que nos impede de amar o próximo!
A batalha sempre foi essa:
Teu próximo X A ti mesmo.
Essa é a batalha mais sangrenta do universo. O “a ti mesmo” é a causa de toda dor, de todo sangue derramado, nações destruídas, famílias arrasadas, casamentos desfeitos, fome, misérias, pestes, mortandades, diabos, demônios e tudo o que não presta nesse planeta.
O amor próprio é a causa da nossa total impossibilidade de vivermos em comunidade.
Então, por que Deus disse isso?
Primeiro, porque não tendo referencia de amor verdadeiro na terra (a única forma de amor que o homem conhecia era o amor de si para si), Deus fala de uma realidade que o homem poderia entender.
Segundo motivo, é que o mandamento foi dado apenas para revelar a nossa prisão invisível. Sem esse mandamento nunca saberíamos quão presos e aprisionados nós estamos. O mandamento revela nossa prisão. Ele foi dado para revelar o tamanho do nosso problema.
Qual a saída?
Disse Jesus: “Novo mandamento vos dou: Ame o seu próximo como Eu vos amei a vós”.
“Como Eu vos amei”. Portanto, o referencial do amor não é mais o Eu de mim mesmo, mas o Eu de alguém que se entregou em sacrifício mostrando pra nós que todo ato de amor é sempre um ato de morrer. O amor e a morte caminham juntos. O único lugar em que a morte é louvada é no amor.
O amor sempre implica morte. No amor a morte está implícita.
Enquanto que o “amor próprio” é sempre o reavivamento do eu, o amor de Deus sempre implica na morte do eu. É impossível amar sem morrer.
Portanto, a saída não está em nós mas, fora de nós. O referencial não sou eu mas Ele. Amar como ele amou, entregando-se a si por nós.
Assim, aquele que foi capaz de amar é também capaz de nos fazer amar.
Ele não apenas nos manda, ele nos manda amar, amando.
Ele não apenas nos manda, ele nos manda amar, capacitando.
Glórias a Deus por Jesus!!!
Tarcísio Oliveira