Disse Jesus: No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo eu venci o mundo.
Parece estranho, mas Ele não diz que venceu as aflições, Ele venceu o mundo.
Veja, vencer as aflições, seria mais ou menos como tentar matar uma árvore arrancando seus frutos a cada vez que nascessem. Levaria a vida toda e não resolveria o problema, pois a solução está na raiz; temos cortar na raiz.
Assim pensando, posso dizer que as aflições são os frutos desse sistema maligno chamado mundo. Isso me diz que o problema é mais embaixo; é um pouquinho maior do que imaginamos.
Criamos um sistema que é anti Deus e anti-tudo o que esteja comprometido com a vida.
Neste sentido, acho que estamos errando como igreja quando ensinamos o povo a vencer problemas, superar as aflições, mas não as ensinamos a vencer o mundo. O deus que é pregado nestes últimos tempos existe apenas para nos ajudar e socorrer diante das aflições. Parece que a crise de Deus é apenas com os frutos do sistema mundo. Parece que Deus não tem problema nenhum com a raiz do mal.
Lembremos que o ensino de Jesus diz que quem é amigo do mundo é inimigo de Deus. Deus é inimigo do mundo. Tudo o que há no mundo é contrário à natureza de Deus.
Por isso, acho que está na hora de ensinar o povo a romper com este amor bandido, como se fôssemos esposa de malandro – sofre, mas ama. É a filosofia do “entre tapas e beijos, é ódio é desejo”. Sofremos com o mundo mas amamos esse bandido cruel. E não faltam pastores que nos ensinam que é no mundo que Deus vai nos abençoar. Que deus louco é esse que nos abençoa na casa do tirano?
É bom lembrarmos as palavras do apóstolo Pedro que nos diz que estamos de passagem por este mundo. Não pertencemos mais à ele. Jesus morreu para nos resgatar deste mundo cruel.
Toda nossa expectativa de vida, de bênçãos, de paz, de sonhos realizados deveriam está na eternidade, que é a nossa pátria eterna.
Mas será que a igreja ainda acredita na eternidade?
Será que queremos a eternidade?
Por que não cantamos mais, “Maranata, ora vem Senhor Jesus”?
Que o nosso coração esteja Nele e apenas Nele.
Tarcísio Oliveira